.: Honra Em Campanha :.

Atravesso um campo minado e percebo quantos já foram mutilados.
Piso na cautela de um erro sem volta para o qual ser humano não suporta. Freio e acelero a batida que espero de sinfonia harmoniosa. Não creio que o medo seja a salvação para o receio que sucumbe em teu organismo lhe distruindo com a força de um cão...
Movimento sutil que conduz o instinto não o deixando tropeçar no pino da cruz, tempo sem tempo nada que espere o que precisa para pensar em não parar...
O sangue que jorra na linha oposta emana do corpo necrosado espalhado para todos os lados, apenas teus movimentos impensados.

Estado de Guerra, o Caos que consome toda forma de estruturação, armadilha escondida enterrada no chão!

Recarrega e prepara rajada exata, observa e aguarda, totalmente protegido em retaguarda...
Uniformes semelhantes, ideais bem distantes, som da trombeta anunciando novo fronte. Trêmulos, tensos, seguros, equipados, confusos, convictos, talvez nada disso faça sentido.

Som incessante de armas de fogo, para muitos um prazer que os deixam loucos. Som que nunca pára, outros que não sabem se gritam ou se abaixam...
Isto dependerá apenas de como for interpretado, nenhum dos modos de pensar estará errado, senão pelo modo distinto de percepção.

Algo é arremessado em campo inimigo, silêncio, reconhecimento, desespero... A granada e seu grito!
Desnorteado com barulho escutado, visão embaçada pelos estilhaços de olhos perfurados, sangrando deitados no chão aproveitando ultimos segundos daquela situação...

Em intensa disputa por um território durante dias, passada a Tempestade, eis que surge a 'luz do dia'...
De um gigantesco pelotão, apenas alguns se reúnem em um canto tentando se lembrar qual era mesmo a Missão. Trocando olhares e, em silêncio, é notável a mesma indagação: "Seria mesmo a válida a descrita Razão?"

[rápido instante reflexivo de uma campanha de guerra]