7 de abril de 2010

Decifrando Lendária - Montanha De Prata ---- (Pt. 1)


Sigo escalando uma Montanha de Prata, escorrego meus dedos que se cortam nas pontas afiadas. Sangue despenca do topo, explode no chão como se fôsse um canhão.
Complicada subida sem aparatos de segurança, a Força se encontra nas Minhas Alianças...
Gelada parede que reflete como um espelho, nada que me esquente senão a barreira desafiadora á minha frente. Passo-a-passo, braço por braço, prendo firme quem me confia a sinceridade de seu olhar. Um deslize para que eu entre em queda livre, não temo, fixo o alvo e continuo a Subir...
Superfície escorregadia que pode tentar fazer cogitar se devo parar, jamais, nisso, me coloquei à pensar...
Corpo vivo, que desafia objetos estáticos e sem vida, latejando planos de desejos insanos.
Minha Instrução de apoio consegue ter Pensamento mais afiado que o Meu, difícil nesse caminho foi acreditar que esbarraria este no meu Destino. [lembro-me perfeitamente de cada Palavra de Tua Doutrina, Captain...]

Existo, resisto, Frio; Desafio, recupero, Queimo.

Aprecio a monumental Montanha, arremesso minhas Protegidas Correntes. Presas firmemente ao alto, continuo sem receio, ventania misteriosa que joga-me de lado ao outro sem o menor cuidado, sinto excitação em estar sendo testado... percebo claramente que neste jogo não fui o único que foi vaiado...
sinto a pele querer trincar de tanto que começa a esfriar, sinto artéria reduzindo bombeamento, vou sentindo que posso dar erro a qualquer movimento. Mudança de cor natural, vai do normal até um azul irreal. Brilhando lindamente, cravo unhas e ainda sinto sangue quente, racho dentes para que me movimente. Cai a chuva, neve, granito, vejo Sol, Lua, Estrelas, tudo ao mesmo tempo implorando para que enlouqueça.
Consigo adaptar a brusca mudança de temperatura no Ar, inevitavelmente minhas mãos começam a queimar. Prata começa a congelar, seus raios quase que conseguem me cegar.
Fico tenso, estou na metade do caminho, será que continuo subindo?
Sim.

Fração de segundos, parece que nada escuto, o Mundo se calou ou estaria surdo?
O que antes parecia tempestade nunca vista agora tem a leveza de uma brisa sobre fogueira acesa. Naquele instante pareceu algo alucinante e sem entendimento... Tempestade violenta apresentando todas as suas mutações sem ter muitas explicações...

Me questiono sobre o ocorrido, meu corpo sofrendo intensamente com tanto Frio, temperatura humana que perdeu alguns graus... o que não é nada muito normal.
Por sorte chego no Meio exato do trajeto, coloco meus pertences no chão e me cubro com minha Essência feita de Chamas para que me aqueça, para que assim eu não pereça...
Ando alguns metros para dentro de uma caverna que estava naquele Meio Exato da Montanha de Prata, consigo encontrar um abrigo feito por algum outro explorador que desafiou, assim como Eu, encontrar o Topo Da Lendária Montanha que todos desacreditam. Abrigo feito de Energia Pura, longe totalmente da Loucura. Sento-me para descansar por alguns dias, para decifrar, e, tentar entender aquele estranho ocorrido que fez a Tempestade Única, Desaparecer...

A subida ainda é extremamente longa, para que talvez eu chegue ao local aonde os poucos que tentaram não encontraram, o Topo da Montanha de Prata.

Talvez tenham não acreditado em tuas próprias forças e desistido pelo tempo da escalada, por terem morrido durante a Nevasca, sucumbido por teus cérebros não aguentarem o Caos do soletrar de Ventos Frios ou por qualquer outro motivo...

A Escalada não acaba aqui, apenas ganha mais força. Tendo em vista quantos anos foram necessários para alcançar o Meio

Exato.....

[continua]

5 de abril de 2010

Vermelha, Lua


Lua Vermelha por todas as Vias, céu pegando fogo demarcando sua trilha...
Confundindo tudo em que habita Vida, confirmando lado-a-lado incertezas indagativas.

Sol inexistente neste momento atraente. Correndo sem suar, percebo que, na Noite, não existe nada que nos faça parar...
Confio no instinto de olhos vendados, posso me arremessar sem estar preciptado.
Extasiado com rítimo embalado, desligo-me de qualquer ruído emanado.
Retorno para Os Corpos Do Universo sem nem me recordar do que minutos antes estava à pensar...

.: Estranho Seria Não Me Entregar Para A Lua E Sua Profecia :.

Sem saber para onde a atenção focar, vejo estas almas que rondam em círculos, sem entender aonde querem chegar...
Explodem um berro sem sentido, dizendo que nisso reside o seu Manifesto contra a manipulação humana. Batem no peito murmurando 'frases profanas', blasfemando a sua própria Santa Ignorância...

Sendo enganados por teus próprios atos, insignificantes recordações em retratos...

Retardatários no tempo Universal que se intitulam propagadores de algo que se relacione ao 'Mal'. De estúpido eu seria rotulado se questionasse a perfeição do Espaço...
'Mal' defendido por Seres perdidos não se torna válido por não ter um fundamento bem concluído. A causa perdida, mais uma Estrela que ameaça brilhar, mas, infelizmente, volta a Apagar...

Diversidade de palavras inesgotáveis que não se prende a nenhuma imposta afirmação, vaga pelas Sombras decifrando o que lhe satisfaz como verdade. Conflito informativo para com argumentos sem tons assertivos. Ser pensante que se destaca possuindo intenso domínio de seu Pensamento-Crítico, reluzindo arduamente seus conceitos imponentes. Sem desdenhar do que possa lhe contrariar, mas, apenas, tendo seu modo diferenciado de como Indagar. Para estes, basta que olhem por alguns segundos para o Universo e tudo que não compreende será mais claro do que parece... reflexão livre de doutrina acorrentada...

A Lua que nos dizeres aparece constantemente, talvez até pensarão que não se faz coerente; A Lua que nos dizeres Sempre estará Presente, esta mesma Nunca está Ausente. (muitos compreendem; muitos não, olhe para o alto, quem sabe você me entende...)

.: A cada Noite em suas variadas formas tudo que é velho no novo se transforma :.
A cada máxima escrita, a Guilhotina aparece discretamente numa subliminar dica...[sempre]